Assisti, estoicamente, à maior parte da entrevista de Nuno Crato na RTP. Para explicar a necessidade de aplicar a prova a professores contratados com menos de cinco anos de serviço, já licenciados e com estágio feito, o chamado ministro da Educação começou por declarar que isso se deve à necessidade de repensar o acesso aos cursos superiores que servirão para formar os futuros professores. Acrescentou, ainda, que é fundamental tornar esses cursos mais exigentes.
E a melhor maneira de conseguir tudo isso é, segundo Crato, obrigar pessoas que já tiraram um curso superior a fazer uma prova que deveria servir de acesso ao ensino superior.
Depois, Nuno Crato, para nos iluminar acerca da necessidade da prova docente, explicou a José Rodrigues dos Santos que, no caso dos jornalistas, fará sentido que uma televisão obrigue um licenciado em Comunicação Social a simular, por exemplo, a apresentação de um telejornal.
Penso que é justo que se obrigue um candidato a professor a fazer algo semelhante: dar aulas sob a supervisão de um profissional mais experiente. Isso já existe e tem um nome: chama-se estágio pedagógico.
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