Nuno Crato pede a demissão

Ao declarar que os portugueses teriam de “trabalhar mais de um ano sem comer e sem utilizar transportes só para pagar a dívida”, Nuno Crato, para além de merecer todos os mimos que o João Paulo refere e mais alguns, está a reconhecer que não é possível pagar a dívida de uma forma humana.

Praticante exímio da bestialidade em forma de discurso ministerial, Nuno Crato finge desconhecer que há cada vez mais pessoas a comer menos do que deviam, sendo importante relembrar que as notícias, neste e noutros campos, ficam sempre aquém da realidade.

Praticante descarado da mais absoluta falta de vergonha, Nuno Crato finge que os que passam fome ou dificuldades por causa da dívida são os mesmos que contraíram a dívida. A dívida foi criada pelos parasitas que se têm alojado no arco da governação, os mesmos que têm usado os dinheiros públicos em favor dos amigos, tal como Nuno Crato anda a fazer em prol dos colégios. Cabe aos restantes cidadãos pagar.

Por outro lado, Nuno Crato, ao deixar escapar estas alarvidades, está a reconhecer que não sabe fazer mais nada senão aumentar impostos, sabendo que isso não servirá para pagar a dívida que está a ajudar a contrair. Se fosse um homem decente, isto equivaleria a um pedido de demissão.