Acordo Ortográfico: Francisco José Viegas profere canavilhices

Um acordo ortográfico causará sempre discussão e originará, certamente, estranheza, mas nunca fará sentido que esses dois truísmos sejam pilares de um debate sobre este tema. Francisco José Viegas, já investido e investindo como secretário de Estado, explica, sem explicar, por que razão o Acordo Ortográfico vai avante.

Afirmar que “Vamos prosseguir o trabalho de implementação porque é um caminho sem retorno.” está ao nível de um Cavaco Silva ou de um José Sócrates, não tanto pelo autoritarismo implícito, mas devido à vacuidade argumentativa. Logo a seguir, para não correr o mínimo risco de densidade, lembra que as pessoas levam tempo a habituar-se às novidades mas lá chegarão.

Já há muitos anos que perdi a esperança de ouvir um membro do governo proferir tiradas minimamente estimulantes. Gabriela Canavilhas, durante dois anos, ajudou-me a manter a desilusão. De Francisco José Viegas esperava um pouco mais, mas agora é Secretário de Estado: dizer alguma coisa inteligente podia provocar-lhe alguma reacção alérgica. Neste texto, publicado em 2007, pelo menos, havia argumentos.

Como governantes, ficam as virtudes de ambos: a ex-ministra é lindíssima; o secretário de Estado é amante da boa mesa.

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